Ofício de Miguel Calmon du Pin e Almeida, Ministro dos Negócios Estrangeiros ao Marquês de Santo Amaro, [José Egídio Álvares de Almeida], Conselheiro de Estado, sobre as atitudes dos Soberanos Preponderantes da Europa, que após estabelecerem a monarquia na Grécia interessavam-se em pacificar a América Espanhola, principalmente após a derrota militar espanhola em Tampico contra o México; informa que o Imperador D. Pedro I pedia prudência em seus conselhos aos soberanos europeus, tendo em vista sua situação como embaixador americano; participando que, segundo o Imperador, o melhor meio de pacificar os estados da América Espanhola era instituir monarquias constitucionais ou representativas em cada estado, porque após vinte anos de revolução não considerava possível que a nova geração se adaptasse ao governo absoluto; sobre a divisão dos estados independentes da América: México, Colômbia, Peru, Chile, Bolívia e as províncias Argentinas; sobre a disposição dos povos destes estados frente à monarquia; informa que o novo estado Oriental [Uruguai] deveria tornar-se um grão-ducado ou principado e não parte da monarquia Argentina; indicando que a família de Bourbon era a mais cotada para assumir os tronos destas novas monarquias, devendo se providenciar o casamento ou esponsais entre os príncipes e as princesas do Brasil; informa que o Imperador usaria de todos os meios disponíveis para pacificar os estados sob a forma de monarquias representativas
